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Hoje é dia de LCD Soundsystem e Basquiat

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Os canais HBO exibem hoje dois documentários sobre personagens interessantes da cultura alternativa.

Às 20h, o HBO Plus mostra “Shut Up and Play the Hits”, filme-concerto do derradeiro show do LCD Soundsystem, banda de James Murphy (veja horários alternativos aqui).

 

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Logo depois, às 23h, o HBO Signature traz “Jean Michel Basquiat: Radiant Child”, documentário sobre o polêmico e cultuado artista plástico (veja horários alternativos aqui).

 

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É uma boa chance de comparar os filmes e perceber como um deles – o de Basquiat – tem o cuidado de ser informativo e respeitar quem não conhece a obra do artista, enquanto o filme sobre o LCD é excludente e sofre do mal de achar que todo mundo precisa saber, de antemão, quem é James Murphy.

Já escrevi sobre “Shut Up and Play the Hits” no blog (leia aqui).

Sobre “The Radiant Child”, é um excelente trabalho sobre a vida e obra de Jean-Michel Basquiat (1960-1988). O filme conta com uma entrevista do pintor, feito pela diretora Tamra Davis em 1986, além de depoimentos de artistas como Julian Schnabel (que dirigiu um longa ficcional, “Basquiat”, em 1996), donos de galeria e críticos de arte, além de músicos como Thurston Moore.

Basquiat foi um dos maiores nomes da arte norte-americana do fim do século 20. Desprezado por muitos como um pintor menor, fez a cabeça de muita gente com suas obras cheias de cor e figuras expressionistas, que falavam de temas como racismo e a vida no submundo das metrópoles.

Nascido de pais de descendência haitiana e africana, Basquiat fugiu de casa cedo e foi morar na rua. A mãe acabou internada num manicômio, enquanto ele perambulava pelas esquinas de Nova York e ganhou fama como grafiteiro.  Sua arte foi admirada por Andy Warhol e virou “cult”.

Além de pintor, Basquiat fez parte de bandas de rock e foi personagem importante da cena “No Wave” de Nova York, que revelou nomes como Lydia Lunch, Sonic Youth, James Chance e Teenage Jesus and the Jerks. Sua morte por overdose de heroína, aos 27 anos, colaborou para o crescimento do culto em torno de sua arte.

O filme de Tamra Davis fala sobre tudo isso de forma clara e informativa. O que prova que mesmo um filme sobre arte de vanguarda não precisa ser de interesse restrito a uma minoria de privilegiados.

P.S.: Hoje estarei fora o dia todo e impossibilitado de moderar comentários até a manhã de quinta. Peço desculpas e prometo que todos os comentários enviados serão publicados quinta de manhã.


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